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Graças a Deus a minha felicidade não depende da tristeza alheia. Não preciso destruir a vida de ninguém para construir a minha.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Imagem de Ronaldinho no Brasil está trincada, Por Luiz Zini Pires

O Palmeiras anunciou numa dura nota oficial que encerrou as negociações com Ronaldinho. Repetiu o Grêmio quase 24 horas depois.

O Flamengo está sozinho no processo. Pode respirar a brisa do mar, passar o domingo na Barra, tomar um chope com Adriano Galiani, o homem mais poderoso do Milan depois de Silvio Berlusconi, e fechar o contrato com o craque na segunda-feira depois de um lento almoço. Assis adora uma churrascaria.

O Palmeiras fez mais ou menos como o Grêmio.

Creditou ao empresário de Ronaldinho a quebra das negociações. Pelo que informam os dirigentes, Assis prometeu o irmão para gaúchos e paulistas. Ninguém ganhou nada. Só uma dobrada antipatia pelo Moreira mais famoso do momento. Assis conseguiu superara Ronaldinho. Ganhou seu minuto de fama. Gostou. Quer mais 30 segundos.

Assis não cumpriu a promessa com os drigentes dos dois clubes, homens sérios, acostumados a lidar com grandes números, pilotar negociações milionárias. O mano do empresário, seu ouro mais precioso, deve jogar no Rio, recomeçar a sua vida brasileira no Flamengo, porta quase aberta para a Seleção.

Assis não era uma figura nacional considerada. Corria atrás do irmão. Seus tempos de jogador não o recomendavam. Ele se transformou no grande leiloeiro de verão de 2011 sem futebol. Ganhou espaço nos últimos 20 dias, mas, ao mesmo tempo, exibiu uma imagem que não é recomendável aos empresários de futebol. Negociou seu jogador ao mesmo tempo com diferentes equipes, empenhou a palavra, fez novas exigências momentros antes das batidas.

Empresários do futebol precisam valorizar seus jogadores ao máximo, conseguir tudo, a carreira é curta, as lesões, os dramas, os problemas de cada dia. Mas Assis cruzou a linha do bom senso, da cordialidade, do cavalheirismo, segundos os dirigentes do Grêmio e do Palmeiras.

Assis danificou a imagem de Ronaldinho no Brasil em duas rápidas e exaustivas semanas. O craque era um jogador em decadência na Europa. Poderia renascer no Brasil. E até pode, mas ninguém verá mais Ronaldinho, puro robô, guiado pelo irmão, com os olhos de ontem.

Ronaldinho precisa se reinventar no Brasil. Ele não é mais o jogador que foi na década passada. O que será na nova temporada

Assis ganhou uma imagem no Brasil. Para azar de Ronaldinho, o nome do irmão não é pronunciado com sorrisos em todos os cantos do Brasil. Aliás, ninguém sabe se Ronaldinho vai sorrir como antigamente, como em 2005, por exemplo, no Flamengo. Há cinco anos que o seu futebol é uma tristeza.

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