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Graças a Deus a minha felicidade não depende da tristeza alheia. Não preciso destruir a vida de ninguém para construir a minha.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O dia em que o blogueiro visitou o Capão da Batalha





Estive hoje, durante todo o dia, no Capão do Cipó. Tive o previlégio e a oportunidade de conhecer o local onde foi morto o General Gumercindo (ou Gumersindo) Saraiva. O local está sendo protegido pelo Município, é todo cercado e fica a poucos metros, de um capão de mato, de onde, supostamente o General foi atirado. Nas fotos acima, o local cercado, onde caiu morto o General. Foi uma bela visita e o local é muito bonito, denominado Capão da Batalha, pois em 10 de agosto de 1894, próximo ao capão de mato, ele foi assassinado, na Revolução Federalista, liderando os maragatos, contra os chimangos, na mais sangrenta das revoluções. Como não conheço muito da história, cheguei em Santiago e fiz uma pesquisa sobre a batalha e a morte do general, acompanhe:
Em 1893 e 1923, o Rio Grande do Sul viveu duas sangrentas revoluções. A de 1893, denominada Revolução Federalista, conflagrou três estados da região Sul, tendo se conectado com a Revolução da Armada, que provocou o bombardeio do Rio de Janeiro, então capital federal. Os revolucionários lutavam contra o presidente do Estado, Júlio de Castilhos, e o presidente da República, Floriano Peixoto. Alguns de seus integrantes defendiam ainda o sistema parlamentarista de governo, o recuo do federalismo exacerbado e outros a restauração da Monarquia.
A Revolução Federalista mobilizou grupos e interesses nas repúblicas do Prata e outras nações estrangeiras. Foi muito sangrenta, típica guerra de guerrilhas em que morreu cerca de 1% da população do Estado. A eclosão se deu a 2 de fevereiro de 1893, quando o caudilho Gumercindo Saraiva, com 400 homens reunidos no Uruguai, entrou em solo gaúcho. Suas forças juntaram-se às do general Silva Tavares, atingindo 3 mil homens. Os revoltosos formaram o Exército Libertador. A 27 de junho de 1894, ocorreu o último grande combate. A 10 de agosto, Gumercindo Saraiva foi abatido em Santiago. As derradeiras oportunidades de apoio aos federalistas esvaíram-se quando o almirante Custódio de Melo não conseguiu tomar o porto de Rio Grande, a 6 de abril de 1894, e o almirante Saldanha da Gama foi derrotado no combate do Campo Osório. A paz foi assinada a 23 de agosto de 1895 contra a vontade de Júlio de Castilhos. Os grandes derrotados foram os revolucionários federalistas.
A Revolução de 1923 surgiu numa conjuntura em que as oposições se uniram contra Borges Medeiros, que se perpetuava no comando do Rio Grande do Sul, amparado na autoritária Constituição castilhista de 1891. A política econômica de Borges precipitara o Estado numa crise financeira que contribuíra para descontentar a elite estancieira. Também boa parte do movimento operário e estudantil opunha-se a Borges por conta de divergências anteriores. No plano nacional, se isolara com o malogro da chamada reação republicana, por meio da qual tentara opor-se ao presidente da República, Arthur Bernardes, recém eleito. O Exército ficou mais próximo dos revolucionários, ao contrário de 1893. O pretexto para a eclosão da revolução foi a suposta apuração fraudulenta das eleições estaduais de 1922. Presidira a comissão apuradora na Assembléia do Estado o então deputado Getúlio Vargas. Joaquim Francisco de Assis Brasil era o candidato da oposição contra Borges.
Em dezembro de 1923, pacificou-se a revolução no Pacto de Pedras Altas, residência de Assis Brasil. Borges pôde permanecer até o final do mandato em 1928, mas a Constituição de 1891 foi reformada. Impediu-se o instituto das reeleições, a indicação de intendentes e do vice-presidente do Estado.


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"Igrejinha" construída por Maximiana Beck, em 1972, próximo ao local onde "tombou" o General Gumercindo Saraiva.


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