Isaac Ortiz*
São recorrentes as pesquisas de opinião pública que colocam a segurança pública entre os maiores problemas dos gaúchos e demais brasileiros. Em tempo de eleição, como não poderia deixar de ser, esta área frequenta o discurso das prioridades de todos os candidatos. Na prática, em governos de todos os matizes ideológicos, os policiais brasileiros continuam remando contra a maré da vontade política.
É verdade que salário não é a única questão a ser contemplada para termos uma segurança pública que atenda aos anseios da sociedade. Mas é impossível galgar necessários degraus de qualidade com os salários que temos hoje. Os policiais gaúchos, civis e militares, estão na lanterna do ranking nacional de vencimentos. Atualmente, a Câmara dos Deputados “enrola” para colocar em votação uma PEC que cria um piso salarial nacional.
A PEC 446 precisa ser votada ainda no primeiro semestre, porque todos sabemos que não haverá quórum no plenário durante o período eleitoral. As representações de policiais brasileiros já negociaram todas as questões que, segundo o governo federal, poderiam constranger a apreciação da matéria. Mesmo assim, essa proposta não entra em votação porque os policiais brasileiros não são prioridade: o líder do governo ainda não “deu acordo”.
Policiais são operadores de segurança. Não deveriam mendigar favores de nenhum governo, porque integram uma carreira exclusiva de Estado. Exercemos uma profissão perigosa e altamente estressante. Por lei, somos impedidos de ter uma segunda fonte de renda, mas o “bico” é a realidade de muitos que simplesmente não conseguem assegurar dignidade a si e a seus familiares. Salários ruins, ademais, pioram as possibilidades de recrutamento de novos quadros – e nós temos a metade do efetivo no Rio Grande do Sul.
Os deputados federais gaúchos, de todas as bancadas, têm o dever de cobrar a apreciação da matéria. A PEC 446 precisa ser prioridade dos nossos representantes em Brasília. Negar aos policiais a perspectiva de um salário minimamente condizente com as suas atribuições é negar à sociedade o direito de ter segurança pública. Valorizar o policial é respeitar o contribuinte.
*Isaac Ortiz é presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm)
São recorrentes as pesquisas de opinião pública que colocam a segurança pública entre os maiores problemas dos gaúchos e demais brasileiros. Em tempo de eleição, como não poderia deixar de ser, esta área frequenta o discurso das prioridades de todos os candidatos. Na prática, em governos de todos os matizes ideológicos, os policiais brasileiros continuam remando contra a maré da vontade política.
É verdade que salário não é a única questão a ser contemplada para termos uma segurança pública que atenda aos anseios da sociedade. Mas é impossível galgar necessários degraus de qualidade com os salários que temos hoje. Os policiais gaúchos, civis e militares, estão na lanterna do ranking nacional de vencimentos. Atualmente, a Câmara dos Deputados “enrola” para colocar em votação uma PEC que cria um piso salarial nacional.
A PEC 446 precisa ser votada ainda no primeiro semestre, porque todos sabemos que não haverá quórum no plenário durante o período eleitoral. As representações de policiais brasileiros já negociaram todas as questões que, segundo o governo federal, poderiam constranger a apreciação da matéria. Mesmo assim, essa proposta não entra em votação porque os policiais brasileiros não são prioridade: o líder do governo ainda não “deu acordo”.
Policiais são operadores de segurança. Não deveriam mendigar favores de nenhum governo, porque integram uma carreira exclusiva de Estado. Exercemos uma profissão perigosa e altamente estressante. Por lei, somos impedidos de ter uma segunda fonte de renda, mas o “bico” é a realidade de muitos que simplesmente não conseguem assegurar dignidade a si e a seus familiares. Salários ruins, ademais, pioram as possibilidades de recrutamento de novos quadros – e nós temos a metade do efetivo no Rio Grande do Sul.
Os deputados federais gaúchos, de todas as bancadas, têm o dever de cobrar a apreciação da matéria. A PEC 446 precisa ser prioridade dos nossos representantes em Brasília. Negar aos policiais a perspectiva de um salário minimamente condizente com as suas atribuições é negar à sociedade o direito de ter segurança pública. Valorizar o policial é respeitar o contribuinte.
*Isaac Ortiz é presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm)
..
Colaboração: Terezinha de Oliveira Brum - PC de Santiago.
Nenhum comentário:
Postar um comentário