CONTATOS

Graças a Deus a minha felicidade não depende da tristeza alheia. Não preciso destruir a vida de ninguém para construir a minha.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

BOM DIA. Ruderson Mesquita concede entrevista ao Jornal Correio Regional e ao blog


O Jornal Correio Regional entrevistou nessa semana, Ruderson Mesquita Sobreira, Administrador do Hospital de Caridade de Santiago e Diretor da Cooperativa Tritícola, onde fala das ações no Hospital de Caridade e a crise na Cooperativa Tritícola. Acompanhe a entrevista na íntegra.



CORREIO REGIONAL - Quando e de que forma chegou em Santiago? Porque escolheu Santiago para viver?

RUDERSON - Cheguei em Santiago por motivo de transferência do Exército Brasileiro, eu já estava em Porto Alegre fazendo um estágio que complementaria minha formação como Oficial, surgiram várias cidades, no entanto, a distância com minha terra natal e a presença de uma Universidade foi fundamental na escolha.



CORREIO REGIONAL - Como recebeu o Hospital de Caridade de Santiago quando assumiu a Administração? Quais foram os progressos de lá para cá?

RUDERSON - A princípio fui para o hospital somente para fazer um diagnóstico da situação que era desesperadora, muitas dívidas, salários em atraso, sucateamento tecnológico, estrutura física muito antiga, cheia de restrições com a Vigilância Sanitária, operava com um prejuízo mensal muito significativo, no entanto, o trabalho de diagnóstico levou em torno de três meses quando a Direção do hospital me convidou para uma reunião e me perguntaram se tinha como recuperar o hospital, (inclusive a diretoria da época eram fiadores de vários empréstimos que eram realizados para postergar as dívidas), eu falei para a Diretoria que a situação era muito delicada mas se tivéssemos autonomia ainda existiria uma pequena chance de reversão, foi quando assumi de fato a Administração e em apenas oito meses foi revertida a situação de prejuízo. Após “colocar a casa em ordem” começamos a saldar todas as dívidas e a realizar muitos investimentos.



CORREIO REGIONAL - Muitas pessoas têm essa dúvida. Como o Hospital de Caridade gera receita para cumprir suas obrigações e ainda recebe tanto investimento?

RUDERSON - As receitas do hospital são do SUS (muito deficitário), de convênios privados, de mensalidade do Cartão Pronto Saúde (nosso carro chefe) e de todos os tipos de serviços que prestamos (radiologia, endoscopia, cirurgias plásticas, etc...). Investimos muito recurso próprio e também de emendas parlamentares, da Secretária Estadual da Saúde, etc..., e tudo passa por uma prestação de contas e Auditoria.



CORREIO REGIONAL - Quais as principais prioridades do Hospital de Caridade nesse momento?

RUDERSON - Nosso próximo projeto a curto prazo é a construção da CTI (Centro de Terapia Intensiva) que vai ter 10 leitos, as obras iniciarão ainda nesse mês e deverá demorar em torno de um ano.



CORREIO REGIONAL - E a Cooperativa Tritícola como recebeu a Direção e como está hoje? RUDERSON - A Cooperativa foi recebida com uma dívida gigantesca em torno de 60 milhões de reais, se vender todo o patrimônio não paga nem um terço da dívida, todos os bens estão hipotecados, os salários estavam em atraso, sem nenhuma credibilidade. Nossa missão é tentar reverter essa situação, mas isso não acontece rápido tendo em vista o tamanho da dívida, mas meu intuito é não deixar fechar essa importante Unidade de Negócio para Santiago e região, nesse pequeno tempo já negociamos e pagamos várias dívidas fiscais e trabalhistas, pagamos os pequenos produtores que tinham até 50 sacos de soja ou semelhante, reestruturamos os mercados, posto de gasolina, veterinárias, estamos trabalhando atualmente em cima da fábrica de rações e da Unidade de recebimento do Mel, mas acredito que com a união de todos conseguiremos chegar numa situação favorável.



CORREIO REGIONAL - Porque a Cooperativa chegou nessa tamanha crise financeira? RUDERSON - Por vários motivos: crise na área de produção, liberação de crédito sem critério, má gestão, etc...



CORREIO REGIONAL - Em sua opinião, qual a importância da Cooperativa Tritícola para Santiago e Região?

RUDERSON - Sinceramente, acredito que ainda as pessoas não pararam para pensar que se a Cooperativa fechasse as portas seria uma catástrofe para Santiago e região, perderíamos em torno de 200 empregos diretos, não haveria concorrência nos mercados, na venda de insumos, etc.. Iria prejudicar todos diretamente e indiretamente.



CORREIO REGIONAL - Como vê o desenvolvimento de Santiago?

RUDERSON - Acredito que Santiago está no caminho certo, tem um enorme potencial, com alguns ajustes tem tudo para ser uma cidade melhor para se morar. O que mais me preocupo é a falta de empregos aos jovens que na maioria das vezes tem que sair de perto de suas famílias e procurar empregos em centros maiores.



CORREIO REGIONAL - Tens alguma pretensão política em Santiago?

RUDERSON - Aprendi que a pessoa nunca pode dizer que “dessa água eu não bebo”, sou pressionado diariamente para entrar na política, no entanto, a princípio não pretendo concorrer a cargo político, prefiro fazer minha Administração sem envolvimento político-partidário e colaborando ao máximo com nossa cidade.

Defina:

Brasil: Orgulho a todos nós

Rio Grande do Sul: O Estado mais politizado da Federação

Santiago: Minha cidade do coração, onde vivem pessoas hospitaleiras e de bem.

Lula: Está se saindo bem, mas podia ser melhor

Sarney: Pisou na bola

Yeda: Vamos esperar o resultado final antes de qualquer coisa

Política: Quando não há desonestidade é linda de se fazer

Imprensa: As oficiais de Santiago são muito competentes e imparciais, pena que aqui ainda existe a “ Imprensa marrom”, que vive só de sujeiras e mentiras.

Grêmio: sou torcedor junto aos meus filhos

Internacional: time da minha esposa

Pais: nossa base

Filhos: tudo de bom nessa vida

Futuro: Trabalhar muito em prol da coletividade de Santiago e região.

Nenhum comentário: