Graças a Deus a minha felicidade não depende da tristeza alheia. Não preciso destruir a vida de ninguém para construir a minha.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
NOTA DA BANCADA ESTADUAL DO PARTIDO PROGRESSISTA
O
governador Tarso Genro, em entrevista radiofônica nesta manhã,
demonstrou claramente seu desconhecimento da realidade estadual. Deve
ser consequência de suas constantes viagens ao exterior. O governador
provavelmente esteja mais preparado para falar sobre os problemas
europeus, asiáticos e cubanos.
No Rio Grande do Sul, ele não só
não vê problemas, como crê que as coisas vão tão bem quanto lhe dizem
seus olheiros locais. Estes, obviamente, não lhe descrevem:
a) a
insatisfação dos produtores, transportadores e usuários diante da
calamitosa situação das rodovias onde já falta espaço para mais buracos e
eles surgem dentro dos próprios buracos;
b) a insatisfação dos
contribuintes e dos usuários dos serviços públicos diante da falta de
investimentos, diante de uma gestão fiscal suicida e de um déficit
público que não deixa margem para melhorias;
c) a insatisfação
dos cidadãos diante da insegurança pública de um Estado onde os
criminosos encontraram extraordinárias condições para a prosperidade de
seus negócios, de tal modo que operam livres e soltos enquanto a
população vive em regime fechado;
d) a insatisfação de alunos,
pais e educadores com a situação da educação pública que chegou ao
paradoxo de os professores em greve virem pedir ao parlamento que lhes
negocie um contato com o governador que, na campanha eleitoral prometera
atendê-los sempre pessoalmente, sem interlocução;
e) o
constrangimento de toda a população perante um governo que, desde os
primeiros dias, afundou num desastre ético, não fazendo o que prometeu,
não cumprindo o que assinou, e adotando medidas que se tivesse anunciado
durante a campanha eleitoral o teriam conduzido para uma derrota
fragorosa, a saber, criação de centenas de cargos para companheiros,
vultoso aumento de vencimentos para as funções ligadas ao governo, ....
f) por final, o desrespeito ao poder legislativo que votou decreto
legislativo determinando ao governo que diminuísse a carga tributária em
cima das micro e pequenas empresas e que o executivo se recusa a
cumprir.
É possível que o otimismo do governador, que assegurou
durante a entrevista concedida que teria uma vitória no primeiro turno
na eleição do ano que vem, se deva ao bom crescimento do PIB estadual
decorrente da extraordinária safra e dos bons preços das commodities
agrícolas. Mas o governo não planta, não chove, não colhe e não comanda
os preços agrícolas no mercado mundial. O que ele e seu partido fazem é
agir no sentido oposto ao da produtividade, da produção e dos produtores
rurais, estimulando a insegurança no campo, opondo-se à adoção das
tecnologias transgênicas e mecânicas, e reduzindo, de todos os modos, as
áreas de cultura, seja com políticas indigenistas, seja com
providências falsamente protecionistas do ambiente.
Diante
desse quadro, poderíamos perguntar sobre o que seria melhor para o
Estado, ter-se o governador Tarso Genro mais presente ou mais ausente,
enquanto cumpre este mandato que se encerra em 2014. A dúvida persiste.
Humildade, Senhor Governador. Lembre-se de que quanto mais alto achamos
que estamos, mas forte é o tombo. Parece que o ilustre mandatário
estadual não assimilou as lições que nos deixou o Papa Francisco em sua
recente visita ao Brasil.
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