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Graças a Deus a minha felicidade não depende da tristeza alheia. Não preciso destruir a vida de ninguém para construir a minha.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

ENTREVISTA EXCLUSIVA: Monica leal, concedeu entrevista exclusiva, onde revela que é candidata à Assembléia gaúcha. Confira!

A Secretária Estadual da Cultura, Mônica Leal, cencedeu entrevista exclusiva ao Jornal Correio Regional, onde falou sobre trabalho, Santiago e o seu futuro político. A seguir, a reprodução da mesma.
Mônica Leal, 52 anos, Jornalista e pós-graduada em Ciências Políticas, foi Vereadora de Porto Alegre,Vice-líder do Governo José Fogaça, candidata ao Senado Federal e hoje é Secretária de Estado da Cultura do Governo Yeda Crusius.
CR: Como vai o seu trabalho frente à Secretaria de Estado da Cultura?
ML:
Muito bem, pois sou uma secretária itinerante. Estou sempre em contato com as pessoas e busco conhecer as necessidades culturais de cada município para resolvê-las. Hoje olhando para trás percebo que o trabalho valeu e continua valendo a pena. Quando assumi a pasta, sabia que a batalha seria grande e muitas lutas precisariam ser travadas, até que conseguisse colocar a “casa” em ordem.Os anos de 2007 e 2008 foram dedicados para estruturar, analisar e refazer. Agora é uma nova fase e 2009 e 2010 serão períodos de criação e desenvolvimento cultural no Rio Grande do Sul.
No início da minha gestão, em 2007, precisei buscar patrocínios para viabilizar vários equipamentos culturais. Com apenas uma semana a frente da pasta, soube que a Cinemateca Paulo Amorim estava perdendo o patrocínio do Unibanco. Então, arregacei as mangas e fui à busca de parceiros para viabilizar o funcionamento das salas através de uma nova empresa patrocinadora. A Cinemateca precisava de um patrocínio mensal de R$ 20 mil reais. Após grande esforço, o Banrisul, que já repassava R$ 10 mil reais à Casa de Cultura Mario Quintana, atendeu o meu pedido e começou a repassar R$ 34 mil reais, onde estariam inclusos valores necessários à manutenção da Cinemateca. Esse é o maior patrocínio que a Casa de Cultura Mário Quintana já recebeu desde que existe e tenho orgulho de ter promovido isso.
Outro exemplo é o Museu Julio de Castilhos que em janeiro de 2007 não tinha condições de receber visitantes, pois chovia dentro do espaço. Como estávamos sob um decreto que não permitia nenhum tipo de gasto por cem dias, realizamos uma força-tarefa para arrumar o pátio do Museu e contamos com doações de materiais de construção e da colaboração do Movimento Jovem Guris do Morro. Também busquei apoio para fazer os consertos estruturais da instituição, arrumamos o telhado e repintamos a parte interna da instituição.
Na área de preservação e memória, uma prioridade desta gestão, nos empenhamos em desenvolver projetos como a restauração da Casa do Jango, em São Borja, Estação da Cultura, em Montenegro, Moinho Colognese - Museu do Pão, em Ilópolis, entre outros. Além disso, pela primeira vez em dez anos incluiu-se no orçamento anual da pasta um investimento de mais de R$1.700.000,00 para restauro das instituições culturais vinculadas à Secretaria.
Em relação à Lei de Incentivo à Cultura (LIC), quando assumi, encontrei a LIC a beira de um colapso, havia um passivo de R$ 14 milhões de reais, herdado de governos anteriores, além de mais de mil projetos culturais para análise da prestação de contas e homologação. Para garantir a continuidade do sistema, em apenas cinco dias de governo, fizemos um planejamento estratégico com o intuito de não fechar o Sistema LIC que era a indicação do Tribunal de Contas do Estado e com o objetivo de não prejudicar a comunidade cultural e os municípios com os seus eventos acontecendo, pedi ao Presidente do TCE, na época o Dr.Sandro Pires que me desse uma oportunidade de pagar essa divida em um ano. E foi o que fizemos durante o ano de 2007, pagamos o passivo de R$ 14 milhões de reais e já analisamos as contas de boa parte dos projetos herdados. Temos hoje um Sistema LIC totalmente saneado, com credibilidade, e muito menos burocratizado, com vinte milhões de reais disponíveis para investimentos em projetos culturais aprovados.
Além disso, a Secretaria de Estado da Cultura norteia todas as suas ações desenvolvendo e realizando projetos de acordo com a filosofia desta gestão “A arte de incluir pela Cultura”. Acredito que o acesso à cultura é uma importante via para a diminuição da violência porque quanto mais próximo ás crianças e jovens estiverem da cultura, mais distante estarão da criminalidade.
CR: Nesse período de Governo, o que julga que teve maior evolução na sua pasta?
ML:
O saneamento e o resgate da credibilidade da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, a LIC, com certeza são emblemas de todo o comprometimento desse governo e da Secretaria da Cultura com o bom uso do dinheiro público, aplicado em projetos sérios de produtores culturais honestos. Encontramos um sistema com indicação de fechamento pelo Tribunal de Contas e através de um choque de gestão e de diversas medidas como a instauração de uma força-tarefa, de uma nova normativa e de melhorias na operacionalidade, recuperamos sua agilidade e sua plena condição de atendimento à comunidade cultural do Rio Grande do Sul.
CR: De que forma a Lei de Incentivo à Cultura norteia as ações da Secretaria?
ML:
Dentro do conjunto de ações da Secretaria da Cultura o Sistema LIC tem uma representatividade muito alta, pois é o mecanismo oficial do Governo do Estado para o fomento das realizações culturais dos municípios gaúchos.
CR: Quando e como surgiu o seu encantamento por Santiago e vice-versa?
ML:
No ano de 2006 eu fui convocada pelo Partido Progressista a concorrer para o Senado Federal, sendo que tinha apenas três meses para viajar pelo interior do RS. Com isso, não havia tempo para conhecer todos os municípios, então, tive que selecionar alguns, e o meu pai vendo essa situação, pediu-me que incluísse Santiago porque tinha um grande amigo na cidade, que é o Seu Gibelino, dono da Rádio Iguaçu. Chegando em Santiago este foi o primeiro contato que fiz, e logo fui convidada para participar do seu programa na rádio. Assim, fui apresentada para os santiaguenses pela dial 99,3 FM. Depois, quando Secretária, o meu advogado, Ruy Gessinger, convidou-me para assistir a Sinfonia de Outono e o torneio de tênis do município, o que me oportunizou conhecer muitas pessoas, que se tornaram minhas amigas. Com isso, passei a receber convites para todos os eventos da cidade e estive na Exposantiago, no Fórum Municipal Pró-Desenvolvimento, onde falei sobre identidade cultural, e na inauguração da Casa de Referência da Mulher. Quando percebi já estava encantada pela Terra dos Poetas e por sua gente afetiva, educada e acolhedora.
CR:Qual a sua expectativa para a apresentação da OSPA em setembro deste ano em Santiago?
ML:
Creio que a OSPA é um dos nossos pontos fortes em termos de Estado desenvolvido e culturalmente rico. A OSPA tem essa missão de divulgar a música erudita e valorizar quase uma centena de músicos profissionais e maestros que tem sua carreira valorizada e legitimada, pois encontram na orquestra um campo sólido de trabalho. Mais que isso, tenho certeza de que cada um desses músicos se vê como um instrumento transformador que leva a música, a história e o conhecimento, em cada nota, em cada acorde, numa sinfonia completa espalhada aos muitos ventos do Rio Grande do Sul, e que felizmente está chegando à Santiago. Divulgar e manter a tradição da música erudita através de concertos, da educação musical e da formação de público, são tarefas especiais da nossa Ospa.
CR: Além da OSPA, algum projeto para Santiago e Região que gostaria de destacar?
ML:
Participamos com ações culturais em dois dos Programas Estruturantes do Governo do Estado, o Emancipar, em Santiago realizado na comunidade do Bairro Missões, recebeu uma apresentação teatral no último dia 21 de julho, e o Nossas Cidades, com oficinas de fotografia voltadas para o público feminino dentro do Projeto Cidade Amiga da Mulher. Escolhemos Santiago para a primeira oficina do nosso projeto, no dia 20 de junho, e pude estar presente na inauguração da primeira Casa de Referência da Mulher de Santiago que recebeu a oficina.
Na ocasião, a Secretaria de Estado da Cultura realizou a maior doação já feita nesta gestão, repassando ao Centro da Mulher 41 livros, 49 CDs e 39 DVDs à cerca da cultura gaúcha, originados da contrapartida social dos projetos culturais contemplados pela Lei de Incentivo à Cultura, a LIC. Pela LIC, temos projetos se realizando na região, como o 20º e o 21º Festival da Música Crioula de Santiago e o 1º Seminário Cultural Santiago – Terra dos Poetas.
CR: Quais suas pretensões políticas para 2010?
ML:
Vou concorrer a Deputada Estadual em 2010.
Defina:
Brasil:
um país de “diversidade cultural” que o faz ser único e especial.
Rio Grande do Sul: uma terra de debates e embates que deve se unir na defesa de um ideal e em torno de um projeto.
Santiago: uma cidade que mora no meu coração.
Partido Progressista: o meu partido desde a Sigla Arena.
Lula: um fenômeno a ser estudado.
Yeda: uma grande Gestora.
Sarney: uma decepção.
Política: se faz com boa administração e lealdade às necessidades da população.
Grêmio: o time dos meus filhos e do meu marido.
Internacional: o time do meu pai.
Pais: são o meu porto seguro.
Filhos: são o meu ponto de partida e a razão de tudo na minha vida.
Futuro: quero trabalhar pelo Rio Grande do Sul
.......
Leia-se em CR: Correio Regional e ML: Mônica Leal

2 comentários:

Júlio César de Lima Prates disse...

Sucesso meu jovem, bela entrevista. Meus parabéns.

Anônimo disse...

52 anos?Ta bem na foto.