Para que os leitores saibam a que ponto chegou a política jaguariense, divulgo em anexo, a pedido do PDT de Jaguari, uma carta que foi enviada pelo Partido para a leitura na Sessão Ordinária de hoje e que foi estranhamente censurada pela Mesa Diretora, a qual remeteu a mesma para análise da Procuradoria Jurídica da Casa Legislativa, sendo que paralelo a isso, foi lido (sem análise prévia) a manifestação dos vereadores cassados pela Justiça por compra de votos, Eudo e Dapieve (suplente), ambos do PMDB, Partido o qual a presidente, juntamente com seu Partido Solidariedade passou a apoiar e fazer parte do Governo recentemente.
Vamos à Carta:"O Partido Democrático Trabalhista da cidade de Jaguari (PDT) vem por meio deste ofício se manifestar a cerca dos últimos acontecimentos desta casa que envolveram a imagem do vereador Wolmar Zanini Picoli.
Em reunião desta casa, realizada no dia 30/06/2014, o vereador citado
acima veio a esta tribuna destacar e citar aquilo que considera irregular,
corrosivo e padrão de deficiência na atual gestão do prefeito João Mario
Cristofari (PMDB), direito este garantido por sua representatividade diante dos
votos obtidos no pleito eleitoral, os quais o qualificaram para exercer o
mandato de vereador, bem como o de se manifestar diante do que considera
errôneo ou pertinente, fazendo, inclusive, seu trabalho como oposição desta
casa.
Na oportunidade, o vereador e líder da bancada do PDT, chamou a atenção
por destacar fatos, estes, inclusive, com a presença de documentos, no que
tange o alto número de cargos de confiança desta administração operante,
anexando, também, o fato do partido "Solidariedade", representado
nesta casa pela presidente deste poder, Catia Elizandra Siqueira, conter -
segundo documentos oficiais emitidos via Cartório Eleitoral deste município-
seis filiados, momento ao qual pontuou o fato de que destes seis, quatro
ocupavam cargos públicos não somente nesta casa, mas também em secretarias.
Entre o desencadear dos diálogos, em determinado momento o vereador do
PDT se dirigiu aos cargos citados como "mamadores", apontando os
motivos aos quais assim os considerava, no entanto, tendo percebido a palavra
de cunho pejorativo, de forma humilde a retirou, usando do mesmo microfone
utilizado para as proferir.
Vale salientar que, ainda que não tivesse o feito, não há nada que
impeça este vereador de manifestar sua opinião nesta tribuna, afinal, este é o
estado democrático que tanto se defende. É nítido, no entanto, que o uso de tal
palavra pode sim ter ofendido "x" ou "y", resultando, portanto,
na retirada da citada expressão.
Dada tal explicação, a fim de realizar síntese e pontuações necessárias,
o PDT vem até está casa questionar, de fato, o que seria falta de ética, tanto
injuriada contra o vereador Wolmar na última seção aqui realizada.
Nos últimos anos, aqui mesmo, dentro da chamada "casa do
povo", não foram uma, duas ou três vezes em que determinados vereadores se
utilizaram de seu momento em tribuna para proferir falácias a ex-integrantes da
administração anterior a atual, comandada por Ivo José Patias (PDT) e Aida Lena
Fiorin (PP), administração na qual, inclusive, a líder desta casa fazia parte.
Dentre os inúmeros deboches, insultos e inverdades cometidas, em nenhum
momento a atual presidente, ou aqueles que a antecederam, sequer notificaram os
vereadores envolvidos na midiatização de palavras de cunho não somente áspero,
mas pessoal. Isso sim é ser antiético.
Não vamos nos esquecer, também, das inúmeras oportunidades onde esta casa julgou o vereador Wolmar por conta de seus inúmeros pedidos de informação, estes últimos sendo um dos principais pilares no que tange o trabalho de um representante do povo. Questionar, fazer brincadeiras ou até mesmo se utilizar do tempo na tribuna para criticar o trabalho sério de um vereador, isto sim é ser anti-ético.
Não vamos nos esquecer, também, das inúmeras oportunidades onde esta casa julgou o vereador Wolmar por conta de seus inúmeros pedidos de informação, estes últimos sendo um dos principais pilares no que tange o trabalho de um representante do povo. Questionar, fazer brincadeiras ou até mesmo se utilizar do tempo na tribuna para criticar o trabalho sério de um vereador, isto sim é ser anti-ético.
O número de casos que fomentam a falta de ética nesta casa e neste
município continua com um caso extremamente conhecido pela população desta
cidade, este, envolvendo furto, e o nome do vereador eleito Hélio Genésio
Piveta, ao qual, atualmente, exerce o mesmo cargo que deu origem a tal ação, o
mesmo o qual comandou na administração do ex perfeito Antônio Carlos Jordão:
secretário de obras. Mais uma vez a justiça condenou o vereador e atual
secretário por furto. E qual foi mesmo a posição desta Casa ao destacar tamanha
falta de ética? Mas tem mais. Qual foi a posição desta Casa no que tange um
possível afastamento do cargo de tal vereador mediante comprovação judicial de
seus atos envolvendo furtos - segundo a justiça -? Aliás, qual o nível de ética
desta Casa que conta com vereadores que, durante o período de posse, elencou
inúmeros adjetivos de teor sublime ao referido vereador condenado, destacando
que "todos deveriam se orgulhar de tal homem, desde nível municipal até
nacional". A resposta fica no ar, mas, de antemão, vale destacar: isso sim
é antiético.
Mas, não vamos parar por aqui. Falaremos agora sobre um fato atual, midiatizado de forma massiva não só pela imprensa regional, mas sim estadual e até mesmo nacional: a cassação de políticos desta cidade.
Mas, não vamos parar por aqui. Falaremos agora sobre um fato atual, midiatizado de forma massiva não só pela imprensa regional, mas sim estadual e até mesmo nacional: a cassação de políticos desta cidade.
O vereador não eleito, mas que faz parte da mesma linha ideológica e
partidária da atual administração, Antônio Carlos Dapieve, teve seu diploma
cassado, assim como seus direitos políticos e pagamento de multa, mas de que
forma se manifestou esta Casa? Isso é ser antiético.
Da forma que se desenvolve tantos escândalos, parece ser impossível
enquadrar mais casos de corrupção e falta de ética, mas eis que a justiça, de
forma pública, cassa ainda o diploma do vereador eleito, também representando o
partido da atual administração, Eudo Callegaro Tâmbara, por captação de
sufrágio, onde teve, assim como seu outro colega, não só o pagamento de multa e
direitos políticos cassados como penalização, mas também a perda de seu diploma
como vereador.
Que vergonha, não é mesmo? Prestes a fazer 94 anos, quase um século de história, esta é a primeira vez que uma situação de tamanha magnitude toma conta da Cidade das Belezas Naturais, mas como todo escândalo e falta de ética possui sempre um acontecimento maior ainda, nem o prefeito se isentou deste lamaçal de corrupção e déficit de ética, não por menos João Mario Cristófari teve seu diploma e direitos políticos cassados por quatro situações comprovadas - segundo a justiça- de compra de votos. Isso, caros parlamentares, é a maior falta de ética de todas, mas, mais uma vez, ninguém disse absolutamente nada.
É compreensível que essa linha de raciocínio e de "falso
moralismo" - tanto citado pela presidente desta casa na seção passada -
esteja presente dentro deste recinto. É visível, e até mesmo inteligível, que
pessoas que possuem a mesma linha de pensamento e ideologias busquem uma saída
pela tangente, de forma a se esvair de quaisquer responsabilidades ou
capacidades éticas para lidar com tamanha aberração pública.
No que tange os processos e condenações declaradas acima, ressaltamos
que todas tem julgamento proferido em primeiro grau, aguardando sentença e
julgamento em segunda instância judicial.
De forma a pontuar fatos e esclarecer outros, o PDT se coloca a disposição da população em geral, não só para esclarecimentos sobre o que representa a palavra ética, mas também para, de forma definitiva, mostrar, de fato, quem é quem.
De forma a pontuar fatos e esclarecer outros, o PDT se coloca a disposição da população em geral, não só para esclarecimentos sobre o que representa a palavra ética, mas também para, de forma definitiva, mostrar, de fato, quem é quem.
Joni da Fountora Riella
Jaguari, 14 de julho de 2014."
Nenhum comentário:
Postar um comentário